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03/04/2020

Carta da FACESP pede ao Poder Público apoio às empresas

Preocupação é que medidas tomadas até agora ainda são tímidas perante o cenário de crise

A ACIA (Associação Comercial e Industrial de Americana) pactua com o posicionamento da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) apresentado ao governo do Estado de São Paulo, para que as restrições às atividades econômicas não se alonguem ao prazo estipulado de 7 de abril. A grande preocupação é com o impacto na sobrevivência das empresas. A federação, bem como as associações comerciais por ela representadas, reivindicam às autoridades medidas que possam proteger os empregos e amparar o empresário para superar a crise com dignidade e segurança. Segundo a FACESP, as primeiras iniciativas anunciadas ainda são tímidas perante a magnitude da crise iminente.
Nós, que somos representantes de associações comerciais, estamos vindo a público pedir aos governantes que se unam a nós – a classe empresarial – para um esforço conjunto. Precisamos de medidas de proteção às empresas e ao emprego”, afirmou o presidente da ACIA, Wagner Armbruster.
Segundo ele, em nenhum momento a FACESP e ACIA pregam a desobediência civil ao cumprimento do que foi decretado pelos governos municipal, estadual e federal. Porém, sugerem que os governantes reflitam sobre a possibilidade de flexibilizar a retomada das atividades econômicas temporariamente suspensas por conta do novo coronavírus.
Havendo a possibilidade de retorno, serão tomadas as medidas que respeitem às orientações das autoridades de saúde no que diz respeito à não aglomeração de pessoas, à correta forma de higienização dos estabelecimentos e ao resguardo dos profissionais pertencentes aos grupos de risco e outras”, traz o documento endereçado ao governo do Estado.
Conheça, na íntegra, do posicionamento da FACESP: A crise que o Brasil atravessa em decorrência da pandemia do novo coronavírus exige grandeza e discernimento por parte dos governantes em seus vários níveis. A Federação das Associações Comerciais de São Paulo e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apoiaram as medidas restritivas das atividades empresariais impostas pela Prefeitura e pelo Governo do Estado até o fim da primeira semana de abril. Entenderam sua necessidade para reduzir a expansão da pandemia e permitir que o sistema de saúde tivesse tempo para se preparar para o atendimento da população. Alertaram, porém, que tais restrições deveriam durar o menor tempo possível, considerando-se seu impacto negativo, não apenas sobre as atividades econômicas mas, sobretudo, sobre a vida dos segmentos menos favorecidos da população. Chamaram também atenção para a necessidade de medidas do setor público que garantissem a sobrevivência das empresas, especialmente as menores, preservando assim empregos. Ponderaram ainda sobre a necessidade de ajuda para os que trabalham por conta própria e de maneira informal. Encaminharam às autoridades pleitos em relação à suspensão do pagamento de impostos, como forma de apoiar os empreendedores, retendo ao máximo a escalada do desemprego. Enquanto se aproximam as datas limites para o fim da paralisação, as  entidades observam algumas primeiras iniciativas das autoridades no sentido de apoiar as empresas e proteger os empregos. São, no entanto, ainda tímidas quando contrapostas à magnitude da crise que se avizinha. As entidades vêm a público clamar que as autoridades se unam em um esforço centralizado para coordenar a gestão desta crise do novo coronavírus. Reforçam também seu entendimento quanto à responsabilidade de todos neste momento e declara não apoiar a desobediência civil. Porém, sugerem que os governantes reflitam sobre a possibilidade de flexibilizar os prazos para o final da paralisação, antecipando-os. Entendem que é possível organizar o retorno paulatino e cuidadoso das atividades não essenciais do comércio e dos serviços, desde que sejam adotadas medidas que respeitem às orientações das autoridades de saúde no que diz respeito à não aglomeração de pessoas, à correta forma de higienização dos estabelecimentos, ao resguardo dos profissionais pertencentes aos grupos de risco e outras. A crise do Novo Coronavírus afeta não apenas a segurança física e psicológica da população, mas de forma decisiva as atividades econômicas, essas também importantíssimas para o bem-estar de todos. Promover o equilíbrio entre a proteção da saúde e da economia é agora a grande missão do país. Não é uma decisão fácil, mas necessária. A FACESP e a ACSP vêm mantendo contato com as autoridades, levando informações e sugestões, e continuam à disposição para continuar a colaborar na busca das melhores alternativas para amenizar a difícil situação enfrentada pela população brasileira. Manifestam a certeza de que o Brasil superará a crise e sairá dela mais fortalecido e unido.
Alfredo Cotait Neto, Presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e da Associação Comercial de São Paulo