Associação Comercial e Industrial de Americana

CMEC terá reuniões mensais para orientar mulheres empreendedoras

Durante o lançamento, as participantes falaram sobre suas experiências no mundo dos negócios e a coragem de empreender para fazer uma carreira de sucesso

Com a presença de mais de 40 mulheres, a Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) fez o lançamento do CMEC (Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura), na tarde de quarta-feira, dia 12, na sede da entidade. O órgão tem por objetivo oferecer oportunidades para as empreendedoras que já estão no mercado e para àquelas que querem se formalizar, bem como orientar e proporcionar condições que possam ajudá-las nos negócios.
A primeira vice-presidente da Acia, Elza Cassitas Sferra, disse que a partir de agora o CMEC vai realizar reuniões mensais para uma troca de experiências e atividades que possam ser desenvolvidas com a participação desse grupo. “Vamos ajudar quem está disposta a regularizar sua situação e empreender. Estaremos oferecendo o apoio necessário para quem deseja iniciar sua caminhada e sair da informalidade, podendo assim gerar emprego e renda”, comentou. O CMEC também irá atuar na questão da cultura divulgando e ajudando na realização dos eventos na cidade.
Durante o lançamento, as mulheres se reuniram para um bate papo descontraído onde cada uma pode falar sobre sua experiência de vida.
A comerciante Nice Silveira, proprietária da Nice Modas, esteve presente e contou sua experiência de vida, mostrando que é preciso ter muita coragem para ser um exemplo de sucesso.
Nice chegou em Americana com seus familiares em 1961, vindo da cidade de Taquaritinga, interior de São Paulo. Ela começou a trabalhar na Toyobo e sua mãe, na época, vendia cortes de tecido na região que eles moravam. Naquele tempo, a estação ferroviária estava ativa e sua mãe ia para outras cidades de trem e comprava os produtos.
Depois de algum tempo, Nice percebeu que tinha o dom para ser vendedora e começou a rifar produtos variados. Ela levava para a fábrica sacolas com calças jeans que uma vizinha comercializava, formando assim uma pequena clientela.
Com o tempo percebeu que ganhava mais com vendas do que na empresa que trabalhava. Sendo assim, Nice iniciou seu próprio negócio. “Montamos uma pequena loja. Um guarda-roupa velho e reformado passou a ser minha vitrine. Fiz então um pequeno balcão para atender minhas clientes”, recordou.
No dia 26 de março de 1976, Nice passou a ser empresária de forma oficial. “Queria prosperar, pois no sangue corria a vontade de empreender e o dom da venda crescia cada dia mais. Foram anos de muita luta, perseverança e alguns perrengues, mas uma linda história por trás disso tudo”, recordou.
Com o passar do tempo, Nice se casou, teve filhos e sempre contou com o apoio do marido, que inclusive deixou a empresa onde trabalhava para se dedicar ao empreendedorismo.
Em 1985, a família construiu o prédio próprio da Nice Modas, que está instalada até hoje na Rua 30 de Julho, 1064, na Vila Jones. “São gerações que vestem a Nice Modas e isso nos orgulha muito. A fidelização de muitos clientes vem desde os tempos da Toyobo e atendo pessoas de outras cidades e até do Sul do País”, citou.
Para Elza Cassitas Sferra, esta história de sucesso serve de inspiração para quem deseja empreender. “Este é papel do CMEC a partir de agora, de ajudar e oferecer oportunidades para quem está disposta em empreender e precisa de uma orientação, bem como quem já está no mercado. Por isso que faremos as reuniões mensais para esta troca de experiências”, explicou Elza.

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