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26/10/2015

Professores lançam banco de dados

Estudo inclui dados sobre mercado de trabalho, escolaridade dos profissionais e índices que medem a inovação das têxteis

Dois professores da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Americana desenvolveram um novo banco de dados sobre o setor têxtil da região que incluiu informações sobre o mercado de trabalho, escolaridade dos profissionais da área e até índices que medem a inovação das empresas do ramo. Batizado de "Indicadores de Inovação", o banco de dados também oferece informações sobre o setor de TI (Tecnologia da Informação). "É como uma fotografia do setor", explica o economista e doutor em engenharia da produção, Marcos Dias, que colaborou com o projeto.

Além de análises quantitativas, o bando de dados oferece também informações sobre inovações. "Percebemos que os sindicatos e as empresas não conheciam informações básicas do mercado", completa ele.

O banco foi desenvolvido usando informações do Ministério do Trabalho e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em períodos que variam de 2006 até 2013. "É possível ver, por exemplo, que o setor têxtil ficou estável em crises como a de 2008", pontuou o professor e doutor em economia Carlos Garcia. "Queremos que os empresários usem esses dados para tomar decisões sobre o rumo de seus negócios e também para que fiquem atentos as políticas que as outras empresas estão aplicando", disse.

O acesso ao banco é gratuito e está disponível no site http:\indicadoresinovacao.esy.es.

Segundo o economista, o banco de dados deve sofrer uma variação assim que dados mais atualizados forem divulgados pelo governo federal, por conta da crise de 2015. "Temos uma visão mais otimista depois desse banco. Ele nos mostrou a importância e a estabilidade que essa indústria possui. Talvez a gente sinta uma queda mais brusca nos índices se a crise persistir no ano que vem", explicou Garcia. "Estamos vivendo um momento de muito pessimismo econômico o que faz o empresário se retrair".

Outro ponto levantado pelos especialistas foi a alta do dólar, De acordo com os professores, essa é uma oportunidade para que o setor ganhe um reforço. "Uma das maiores reclamações dos empresários era a concorrência de produtos chineses. A alta do dólar torna a importação mais difícil e é uma boa hora para valorizar a produção nacional", completou Dias.

Além de análises quantitativas, o banco oferece uma análise da inovação no setor. Por inovação entende-se não apenas aquisição de novas máquinas e desenvolvimentos de produtos, mas também cooperação entre empresas e pequenas mudanças na rotina produtiva. "Uma das conclusões que cheguei em minhas análises é que o setor têxtil não coopera entre si, não trocam informações que poderiam sanar problemas em conjunto", criticou Dias. "A cooperação vista resume-se a pedir uma nova linha de fios, por exemplo, para que seja desenvolvida uma nova estampa".

Fonte e foto: Jornal O liberal